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Retratos de Carreira

Alessandra Maia Rosas

Gerente de Gestão de Portfólio e M&A (mergers & acquisitions)

Mini currículo: Formação – Atuária, com especialização em Planejamento e Gerenciamento Estratégico, e extensão em Fusões e Aquisições pelo Insper.

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Muita gente, quando criança, escolhe ser médico, professor… eu queria ser executiva ou dona do meu próprio negócio. Entendia, por ser filha de um executivo e viver um pouco do “glamour” desse mundo, que essa era uma posição que me permitiria planejar e decidir. Eu era ainda menina, adolescente, mas acho que a liderança sempre fez parte do meu DNA.

Comecei minha carreira no serviço público, na área previdenciária, depois tive experiências profissionais em empresas como HSBC, Grupo Boticário, Coca-Cola Company, RPC/Rede Globo e atualmente estou no Grupo Marista. Em todos os lugares atuei sempre focada em estratégia empresarial, desenvolvendo atividades de planejamento estratégico e empresarial, inteligência competitiva, novos negócios e M&A (mergers & acquisitions), nome utilizado para definir globalmente o mercado de fusões e aquisições. Hoje respondo pelo M&A e pela gestão de portfólio de negócios do Grupo Marista – área que constitui com o apoio de um time bastante feminino -, que abrange educação, saúde, comunicação, solidariedade e diversas outras frentes. Minha principal responsabilidade é otimizar o mix de negócios, com a compra ou o desenvolvimento de operações relacionadas ao core business do Grupo, bem como no possível desinvestimento de operações não sinérgicas.

Atuar na área de fusões e aquisições permite um trânsito grande por vários negócios e segmentos. Em pouco tempo tem que se aprender tudo sobre “aquele mundo específico” para poder avaliar e conduzir a negociação do ativo. É algo muito estimulante. Os desafios dão aquele friozinho na barriga que te energizam. Assim, sempre fui uma pessoa que estuda muito, leio, me informo, sempre tive bons mentores e aproveitei da melhor forma possível as oportunidades que sugiram no caminho. Afinal, na trajetória percorrida, nem tudo foi fácil. Assumi operações com situações financeiras calamitosas, gerenciei processos de aquisições truncados, vi pessoas descrentes, e aprendi que em todos os processos, principalmente naquele em que a crise está instalada, também é possível enxergar o momento de ser criativo. O fato é: tudo muda, a economia é cíclica, a mudança certamente virá, diante desta certeza digo que me tornei uma perseguidora da “solução não óbvia”, “da solução da equação impossível”.

Ser mulher nesse mundo competitivo e hostil do mercado de fusões e aquisições, também traz uma outra faceta de desafios em um cenário muito masculinizado. Muitas vezes percebi, um certo olhar de desconforto, quando meu interlocutor recebeu uma mulher jovem em uma reunião de negociação. Mas no que “ele” enxergava a fraqueza, eu via a “força”. Pois entendo que a mulher é educada para a visão do todo, para o holístico, mas também para a percepção dos detalhes, e em uma mesa de negociação esses pontos são extremamente relevantes e podem mudar a situação estabelecida. Agora, servir de exemplo, me parece pesado, audacioso, mas inspirar alguém a buscar espaço em um mundo masculinizado me parece razoável, eu nunca me percebi como “uma mulher que faz M&A bem”, e sim como “uma boa profissional de M&A”, que por ser mulher tem maior sensibilidade, percepção aguçada e visão do todo, e assim consegue perceber e articular as expectativas das partes interessadas e conciliar expectativas.

Do futuro, tenho dois caminhos desenhados: me experimentar, como executiva, à frente de um negócio novo (há muito tempo já trabalho em áreas corporativas formadas e sólidas); outro é viabilizar um negócio próprio e inovador para o mercado de M&A. As duas possibilidades me motivam. As duas ideias dão aquele friozinho bom na barriga… E, mais que isso, me levam a buscar “soluções que não serão nada óbvias”.

Dica de vida
“Seja autêntica e lhe sobrará tempo para liderar com maestria. Cuide de quem lhe cerca – acima, abaixo e ao lado – pois esse será sempre um tempo bem gasto. Líderes devem cuidar de pessoas, gostar de pessoas. Delegue e confie. Pessoas engajadas e treinadas resolverão os processos. Acredito que o líder eficiente é o líder invisível, aquele que tem tempo livre para criar e recriar. Mas se o seu tempo inexiste, algo não vai bem. Repense. Também acredito que focar no individual traz sucesso, mas é focando no coletivo que conquistamos a perenidade. Saiba qual é o seu alvo e mire sem pressa, mas seja sempre certeira. E nunca tenha medo de decidir, de se reinventar e ressignificar quantas vezes for preciso”. Alessandra Maia Rosas

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