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Retratos de Carreira

Carol Padilla Giolitti de Canestraro

Diretora

Mini currículo: Formação - Publicitária, com Especialização em Marketing , Desenho em Propaganda e Engenharia de Cerâmica

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Sou de El Salvador. Minha mãe era italiana. Morei e estudei nos Estados Unidos. Fiz um curso de especialização no Japão. Moro e vivo no Brasil há 30 anos. Essa miscelânia cultural me proporcionou uma diversidade imensa de conhecimentos, experiências e vivências. Logo cedo, morando e estudando nos Estados Unidos, fui trabalhar. E trabalhei em muitas coisas. Trabalhei em posto de combustível, no Mc Donald´s, em loja de departamento, já decorei vitrine. Trabalhei em escritório de advocacia, agência de propaganda, já pintei quadros, fiz exposições de arte, escrevi para uma revista, fui professora universitária. Minha trajetória profissional, certamente daria um livro. E, com certeza, de muitas páginas. Na época que cheguei ao Brasil por paixão, renunciei a tudo: família, carreira etc. Mas minha renúncia logo foi parar na gaveta.

Pouco depois de chegar ao Brasil, recebi um convite do meu país ofertando o Cônsul Geral da República de El Salvador, me transformando em uma diplomata de carreira. No primeiro momento recusei. Isso impediria o pedido de residência brasileira. E também havia um impasse: o governo salvadorenho queria que eu assumisse um posto no Rio de Janeiro e eu já estava apoiando meu marido em sua empresa. Recusei. Eles sugeriram diferente. Acabei abrindo o Consulado em Curitiba. Assim, com a anuência do Governo de El Salvador, continuei a ajudar meu marido na Metalus. Na empresa criada por ele e um sócio, exercia uma ajuda não remunerada, mas bastante preciosa, tenho certeza. Fazia um pouco de tudo, contribuindo para a administração da empresa, mas quando preciso, também ia ao chão de fábrica. Não bastasse a carreira dupla, vieram à razão da minha vida, os filhos: três – Ricardo, Luciana e Renata. Uma trajetória de 28 anos de trabalho. Enquanto a Metalus crescia e eu contribuía para a estruturação de diversos setores; como diplomata, no comando do Consulado Geral para toda a região do sul do Brasil, cuidei dos interesses políticos, governamentais, culturais, econômicos, socioambientais e comerciais de El Salvador, assim como de toda a colônia de conterrâneos aqui radicados. Tive até mesmo a honra de participar de um Congresso Mundial das Nações Unidas. Vivi todas as negociações que envolvem um encontro como esse, o alinhamento de interesses, as alianças entre países. Foi uma experiência fascinante, abriu as portas para interesse e conhecimento ambiental.

Como dei conta de tudo isso? Não sei. Posso dizer que a minha criatividade sempre esteve ao meu lado em todos os momentos. Minha experiência, com a cultura e a educação, no Japão foi vital para entender os processos de maneira holística. Também sou movida a desafios. Cada nova área de trabalho que surgia na minha trajetória me fazia sentir fascinada. Abria-se diante de mim um portal de infinitas possibilidades. Frequentei os altos círculos do poder, em meio a presidentes, reis e rainhas, recebi até mesmo a Comenda da Ordem do Pinheiro, outorgada pelo Governo do Estado do Paraná, mas agi também na linha de frente da indústria comandada pelo meu marido. Participei de momentos importantes da companhia, como a implantação dos sistemas de Gestão ISO, ainda em 1986, quando nem mesmo empresas certificadoras não tinham filial no Brasil, e sempre fui o braço direito do meu marido. Nas minhas andanças posso dizer, o fato de ser mulher também acrescentou um certo grau de dificuldades. Quem nega isso certamente não reflete a realidade ou prefere não falar, pois sente que pode ofender colegas. Esse chamado “teto de vidro” existe. É real. Em algumas culturas mais, em outras menos, em alguns setores mais, em outros menos. Para as mulheres as relações de trabalho são certamente mais complexas. Mas aí também se encontra nossa fortaleza. Pois se perdermos a nossa essência, perdemos nosso diferencial que trás o crescimento, a mudança, o olhar do que ninguém consegue ver, a estratégia que ninguém pensou, o toque da alma feminina.

Estou em todas as área da empresa, mas no momento meu foco são as nas áreas de sistemas da qualidade e RH, da Metalus, e estou louquinha para enfrentar sempre novos desafios. Mais que status ou poder, sempre fui movida pela paixão, pela intuição, pelo realizar e o conquistar. O meu foco é o resultado. Claro que existiram obstáculos no caminho, mas afinal de contas, após tantos anos na convivência com os desafios, aprendi a sentir um sabor especial ao enfrentá-los. A entrada no MEX foi um divisor de águas. Na nossa empresa as mudanças ficaram óbvias. O número de mulheres aumentou, assim como o escalonamento de cargos de maior visibilidade e responsabilidade tem mais presença feminina. Certamente espero estar contribuindo para o livro da vida de tantas outras mulheres.

Dica de vida
“O grande aprendizado da vida é o equilíbrio, procure manter sua vida e suas relações dentro do equilibrio, ame a vida e os seres vivos, viva intensamente cada segundo. “Nunca desista de nenhum sonho lembre: não importa a idade, nunca, nunca é tarde demais para ir atrás de um ideal, de um sonho, de um projeto, de um empreendimento. Que seria da vida, sem um sonho não sonhado, seria um projeto nunca imaginado, nunca realizado. A vida não para. Ela só para se você quiser”. Carol Padilla Giolitti de Canestraro

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