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Retratos de Carreira

Kátia Leandra Rodrigues Beal

Diretora de Operações – Paraná.

Mini currículo: Formação – Nutrição, pós graduada em Nutrição ClÍnica e Marketing pela UFPR, MBA em Gestão de Negócios pela FGV.

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Nasci em uma cidade bem pequenininha do Rio Grande do Sul, chamada São Jerônimo, próxima de Porto Alegre. Sou a filha mais velha e tenho duas irmãs. Minha mãe sempre trabalhou fora, pois queria nos dar uma vida melhor e precisava ajudar na renda familiar. Meu pai era um descendente de italiano de personalidade forte, mas que minha mãe, muito inteligente, sabia levar. Ele não queria que ela trabalhasse, e isso nunca aconteceu, graças a Deus, pois, depois do plano Collor, foi ela que segurou as pontas sozinha. Ela sempre batalhou muito e nos incentivou a estudar. Eu amadureci rápido, pois era a mais velha, naturalmente ajudava em casa e cuidava da minha irmã mais nova. Cresci a ouvindo dizer sempre uma frase, que hoje entendo muito bem: “Filhas, estudem, trabalhem e não dependam de marido”.

Da minha infância lembro que eu tinha dificuldades em escrever e minha santa mãe não media esforços até perder a paciência e dizer: “Vai fazer de novo esta redação que está horrível”. Ainda bem que fez isso.

Eu tive um desenvolvimento muito precoce em relação às meninas da minha idade e, aos 13 anos, comecei a trabalhar, já que só estudar, não me satisfazia, queria ter o meu dinheiro. Fui trabalhar de secretaria em um consultório de uma medica pediatra, ela era dedicada e guerreira, foi mais uma mulher que me estimulou a estudar e seguir em frente, aliás, tive na minha vida profissional, grandes exemplos de mulheres que sempre me inspiraram a buscar os objetivos, até hoje. No entanto, como eu só estava no consultório de segunda à quinta, achei que deveria fazer mais. Fiz um curso de maquiagem e comecei a vender produtos de beleza e, nos finais de semana, trabalhava como maquiadora.

Como já era previsto, aos dezessete anos, fui morar em Porto Alegre com a minha melhor amiga para terminar o segundo grau e fazer cursinho pré-vestibular. Minha rotina era estudar no período da manhã, trabalhar à tarde. Nesta época fiz um pouco de cada coisa para pagar as contas: vendedora, telemarketing, organizadora de eventos, e assim foi.

Minha primeira intenção era cursar Medicina, talvez influenciada pelo início da minha trajetória profissional, mas as despesas seriam altas. Resolvi me preparar para o vestibular em Administração. Enquanto isso, meu namorado desde os 13 anos foi morar em Joinville. Sua irmã, que morava em Curitiba, montou uma casa de eventos e me convidou para ser sócia. Assim, me mudei para capital paranaense. A distância da família e dos amigos e o frio de Curitiba me assustaram no começo, e segui vendendo vestidos de noiva e transformando sonhos em eventos.

Certa vez, fazendo um casamento de uma médica, comentei que queria fazer nutrição. Ela comentou sobre uma faculdade que era acessível e de boa qualidade, e no outro dia eu já estava lá me inscrevendo para o vestibular. Apaixonei-me pelo curso e comecei a criar possibilidades de novos negócios.  A experiência foi se unindo a novos sonhos e neste período me casei – nunca tinha pensado em casar. Meu primeiro namorado, hoje o meu marido, é o companheiro que escolhi e que está comigo sempre, nas boas e más horas.

Quando terminei a faculdade, após uma tentativa frustrada de um novo negócio, fui representar uma clínica de nutrição. Na sequência, surgiu a oportunidade de assumir um novo desafio, mas era em outra cidade.   Como eu estava precisando de “grana”, não pensei duas vezes e fui ser gerente de um restaurante de eventos, e assim entrei no ramo de alimentação. Os resultados negativos se transformaram em positivos em apenas um ano, e não larguei mais o “osso”. Assim, nascia uma administradora de restaurante, que teve vários desafios pela frente, como inaugurar um grande contrato de alimentação industrial de 5000 refeições/dia, depois gerenciar o buffet do Estação Convention Center, sempre estudando .

Com 32 anos, nasceu minha amada filha e uma nova etapa se iniciou, quando também fui chamada para assumir a supervisão dos restaurantes, depois a gerência regional do Paraná e, desde 2014, a diretoria do estado. Realizações profissionais me motivam a seguir adiante e adoro o que faço – viajar, buscar novos contatos e possibilidades de crescimento me energizam.

A vida em família me completa. Minha filha é uma benção – é amor infinito. É uma delícia ser mãe. Às vezes, a culpa da ausência vem. Então penso: o que quero para minha filha? Ser exemplo de vida como minha mãe foi para mim. Quero que ela tenha o espaço dela e, para isso, não posso deixar de ser crítica e orientá-la da melhor forma. Digo sempre o que é certo e o que é errado, com o apoio total do meu marido. Sem ele, nada seria possível, pois ele é o “pai mãe”, como eu falo.

O ritmo é intenso. Eu não posso negar. Preparar o jantar, fazer as compras no supermercado e ensinar minha filha a andar de bicicleta fazem parte do meu dia-a-dia. E com muita garra e energia, eu continuo.

 

Dica de vida –

“Trabalhar com determinação e melhorar continuamente nosso ambiente de trabalho são a nossa missão como líder. Precisamos ter consciência que somos exemplo para todo o nosso grupo de trabalho e ser éticos e éticas em todos os nossos relacionamentos. Planejar continuamente o desenvolvimento das pessoas também é fundamental. Tudo isso contribui para uma sociedade melhor. O compromisso com a nossa equipe e com nossos filhos e filhas é assumir profundas responsabilidades.” Katia Beal

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